terça-feira, fevereiro 20, 2007

A Verdadeira História de Mesmeu, o Filósofo

Se vocês olharem cuidadosamente, verão Mesmeu 
em Nova York: à esquerda, na 5ª Avenida, 
iluminando a noite da Casa Cartier,












No Parque da Biblioteca, com uma só lâmpada 
ele reina sozinho...













Nesta ele caprichou no modelo! Que luxo! 
Duas lâmpadas!



















E na Brooklyn Bridge ele teve de se ajustar ao modelo dos outros...



































Mesmeu é de um tempo muito, muito antigo e de um país muito, muito distante. Por ser tímido e introvertido, tanto quanto curioso e interessado, nunca desejou nem de longe aparecer nos anais da História.
Mas, tive acesso, ultimamente a um certo livro que o citava, não como discípulo, mas sim como o mestre e consultor de Sócrates, que aprendeu com ele a ensinar com perguntas. E que, antes disso foram ouvidas suas palavras por todo o Oriente.
Reza a lenda que Mesmeu é de tão antiga sabedoria que, numa noite em que não conseguia dormir, recebeu em sua tenda a visita de uma figura estranha e luminosa, que conversando com ele durante quatro horas, resolveu que ele era merecedor de alguns poderes. Mesmeu recusou, modestamente, dizendo que nada era e que nada sabia, o que satisfez ainda mais completamente seu interlocutor que o premiou assim mesmo:
"Poderás assumir a forma que quiseres e poderás viajar no espaço e no tempo." E assim dizendo, tocou-lhe a fronte e desapareceu.
Mesmeu, que não esperava por isso, ficou cheio de dúvidas:
"E agora? Vou me transformar no que? Que problema foi me arranjar esse... Anjo?... Gênio?... Zeus?... Apolo?...
Não conseguindo mais dormir mesmo, Mesmeu ficou pensando, pensando, olhando para a lâmpada de azeite e para a fraca chama bruxuleante, conjecturando que precisava colocar mais azeite, pois estava quase se apagando. Outro problema: não havia mais azeite! Foi então que teve a idéia:
"É isso! Vou me transformar numa lâmpada! Posso assim iluminar onde estiver e ninguém me notará!
Assim disse e assim fez: transformou-se numa daquelas lâmpadas iguais às do Aladim.
Conta-se que ele gostou tanto da nova forma, que a conservou por muito tempo, até que numa viagem instantânea ao futuro conheceu modernas luminárias interiores e exteriores. Fascinado, decidiu mudar-se para o século XX.
Adorou transformar-se em um fino e alto poste, com uma linda lâmpada que iluminava fortemente. Gostou de passar assim despercebido, podendo observar as pessoas que passavam, ouvindo suas conversas e anseios, infelizmente presenciando também algumas brigas e roubos.
Do alto podia ver tão longe!
Foi mudando de cidade em cidade, algumas vezes estradas movimentadas, até que por volta da segunda metade do século XX, fixou-se na cidade de Limeira, numa linda rua do Jardim Florença, bem perto de uma casa cuja família o cativou. Envia muitas mensagens intuitivas ao dono da casa, Shiost, com quem troca idéias e de quem se tornou o melhor amigo.
Sentem muita falta dele na Índia, na Turquia e na Grécia onde até hoje o cultuam. Ele sabe disso e por vezes fica meio triste, mas na verdade também sabe que jamais voltará.

3 Comments:

At 21/2/07 8:24 PM, Blogger Antônio said...

Excelente a história para melhorar a biografia de Mesmeu e situá-lo no tempo. Porém, no final, quando a história fala que às vezes fica meio triste, escreveu-se uma meia-verdade, pois, como é sabido, Mesmeu é o filósofo triste.

 
At 22/2/07 11:18 PM, Blogger marianicebarth said...

Depois eu conto a segunda parte da história... Sobre a tristeza, acho que o que eu disse é bem verdade, sim. Ele, Mesmeu, só fica triste quando se lembra do melhor amigo e discípulo, Sócrates, que, também é bom que se diga, não se conformou de perder Mesmeu de vista. Era uma admiração intelectual total, um pelo outro, mas muito na macheza mesmo... Mas isso virá na segunda parte... aguardem... Estou usando o computador do Flávio Rubens, porque o meu pifou com a história do Mesmeu e está desde hoje à tarde na "UTI". Talvez, apenas talvez, ele possa ficar pronto amanhã, lá pelo fim da tarde. Espero que sim, porque senão, ficarei sem ele no fim de semana... Abraço a todos.

 
At 24/2/07 11:32 PM, Anonymous Anônimo said...

Adorei esta história. Que bom se transformar em lâmpada iluminando por onde passa. Só que aqui vejo uma contradição: quem vive para isso, iluminar, jamais é triste, pois possui a sabedoria que traz a eterna alegria. Vejam Dalai Lama!

 

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