Quatro Artistas
Em resposta ao comentário do Polemikos (Turini) no Retrato
da “Chris Olhando o Melão”:
Meus filhos desenharam desde muito novinhos.
Flávio
Rubens, desde pequeno desenhava máquinas, carros, aviões, foguetes e balões, além de
outras figuras variadas. Adorava Fórmula I e desenhava corridas inteiras. Também colocava figuras
humanas junto às máquinas, cujo traço era bem forte. Essas figuras eram os homens que trocavam os pneus, ou aquele que levanta a bandeira de Chegada. Flávio tem
três filhas, Samara, Gabriela e Jéssica. É jornalista e ainda desenha e pinta carros de
Fórmula I em computação gráfica, trabalha bem com Corel Draw, Adobe Photoshop e
outros programas que nem conheço.
Alessandra, aos 2 anos, encontrou entre meus
guardados alguns riscos de bordado e elegeu um com motivo de margaridas como seu
predileto. Logo começou a fazer círculos com pétalas em volta, um pouco mais
tarde colocava olhinhos e sorrisos dentro, traçava as hastes e colocava as
folhas. Talvez por inspiração da Alice no País das Maravilhas, as Margaridas
eram quase humanas. Aos 4 anos já fazia figuras humanas com corpo e membros,
cabelos, olhos, nariz e orelhas. Em seguida vieram as princesas de longos
vestidos e longos cabelos, os cavalos, os príncipes armados de espadas e vestidos
à moda medieval ou mais modernos um pouco, inspirados pela Princesa Safiri.
Cresceu, formou-se em Artes Plásticas na FAAP e fez o Curso do Dalton de Luca
(Desenho e criatividade do Lado Direito do Cérebro). Foi quando começou a
desenhar retratos, com uma perfeição que eu nunca consegui! Depois trabalhou com
Ubirajara Ribeiro em Aquarela, montou seu próprio Atelier com uma sócia japonesa cujo nome esqueci (horrível falha de memória! Alê, ajude-me a lembrar!), também
excelente aquarelista e as duas ministravam cursos. Hoje Alessandra trabalha
num Estúdio Fotográfico em Sydney, onde vive com seu marido Jimmy e sua filha
Rebecca, de 6 anos.
Rodrigo, 4 anos mais novo que Alessandra, olhava os irmãos com seus
lápis de cor debruçados sobre folhas de papel cheios de figuras que achava
lindas. Pegava um giz de cera vermelho (que se tornou sua marca registrada) e desenhava
do seu jeito muito especial, em traço único, firme e forte, sem hesitação.
Gostava de desenhar o que via na TV, Vila Sésamo, Muppets e outros desenhos. Traçava
com segurança os ônibus cheios de crianças, com cano de escapamento comprido e
vertical, subindo por trás e soltando nuvens de fumaça.
Sua imaginação era instantânea e incrível (rsrs) ... Uma vez, no
Jardim da Infância, a professora solicitou à classe criar uma história num desenho
rápido e pessoal; enquanto os outros começavam a pensar no que fazer, Rodrigo, embora
já conseguindo figuras bem complexas, traçou apenas 3 linhas retas e verticais,
de espessuras diferentes. A professora ficou curiosa: Já, Rodrigo? Mas qual é a
“história”, o que significam esses traços? E ele: Era uma vez três Fantasmas: o
“Fino”, o “Grosso” e o outro “Mais Grosso” Não me lembro muito bem do resto, mas era algo
assim como “o Grosso e o Mais Grosso brigavam com o Fino, coitado”... Essa
história, não sei por quê, me faz lembrar o Miró, o Kandinsky ... (Você deve estar pensando: Só a mãe
mesmo para “elucubrar total” assim...). Rodrigo apaixonou-se por computadores e
pretendia cursar Informática para criar games. Mas a prima Lu, que entrou primeiro nessa área, avisou-o que era muito diferente do que ele pensava. Então optou pelo Direito,
pois já trabalhava no escritório do pai desde os 15 anos. Hoje é um advogado que tem uma
Subway...
Christina, 1 ano e 3 meses mais
nova que o Rodrigo, inicialmente inspirava-se nos outros quatro e por isso
desenvolveu um talento mais abrangente. A danadinha era capaz de desenhar e
criar QUALQUER COISA... Cresceu, cursou Moda na FASM. Hoje vive e trabalha em
New York e Los Angeles em Produção de Cinema e Televisão, com seu marido e
filho André, de 3 anos.
Êta mãe feliz que sempre fui! Tenho o maior orgulho dos quatro filhos artistas!
8 Comments:
E tem mesmo que ter todo este orgulho ...
Gostei de seu jeito de apresentar seus filhos de forma tão amorosa.
Agora, me explica uma coisa : porque você parou de pintar?
Não há nada menos estimulante do que darmos uma olhadinha no próprio blog para ver se algum leitor amigo deu o ar de sua graça e não encontrar coisa alguma. Por isso é que eu mesma sempre, ou quase sempre, deixo o primeiro comentário. Rsrsrs...
Olha só a coincidência! Turini e eu escrevendo os primeiros comentários ao mesmo tempo...
Agora a resposta: parei de pintar não sei por quê, há três anos. Mas foi a melhor coisa que fiz, por causa da alergia brutal que me acometeu nos três últimos meses de 2012 até Março de 2013. A doutora dermatologista me proibiu terminantemente de chega perto de qualquer produto químico, incluindo detergentes e até sabonetes que não o Johnson's Baby sem perfume. Proibiu também os cremes perfumados que eu adorava e receitou o creme mais fantástico que já experimentei: FISIOGEL HIPOALERGÊNICO - LOÇÃO CREMOSA PARA FACE E CORPO.
Recomendo para quem desejar uma pele de pétala...
Estou sim com vontade de pintar, mas vou preferir os acrílicos e a aquarela. Que acha você?
O que tem de errado com aquarela ... fora que é mais difícil? (rsrs).
Quanto aos acrílicos, bom verificar, podem ser tão alérgenos quanto os óleos. No fundo, usam as mesmas anilinas, não é?
Realmente não sei, vamos pesquisar? Me ajuda?
Que eu entenda, a tinta acrílica não requer diluentes tóxicos como a tinta a óleo e não pode usar alguns corantes mais densos, como os de cobalto, em branco ou azul. Cheira menos e portanto deve ser menos alérgena.
Adorei saber mais da sua vida. O modo como vê os filhos... é muito bonito!
beijos
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