sábado, setembro 23, 2006

AVENTURAS DE ROBSON


Capítulo IV - Viagem de volta


Depois do almoço, Robson nos levou até um centro de compras que fica próximo e comprou vários rolos de fitas adesivas bem largas e fortes, para fechar e vedar bem as enormes e inúmeras caixas de papelão que ele e Jane encheram de roupas, sapatos, tênis, presentes para um mundo de amigos e parentes. Tudo para mandar para o Brasil. Foi um Deus nos acuda a quantidade de caixas, malas, mochilões e sacos de todo tipo que levaram. Tiveram de pagar 400 dólares pelo excesso de bagagem. Mas, lá se foram.

Jane estava muito apreensiva com essa mudança definitiva. Tinha um certo receio de que alguma coisa não desse certo, de que perdessem tudo o que ganharam nesses longos cinco anos, enfim... Por outro lado, ela estava querendo voltar, mais do que tudo, para poder adotar um bebê. Que sonho grande, esse. As roupinhas e brinquedos para essa criança ainda não nascida enchiam vários dos containers a caminho do Brasil. Infelizmente, Jane não podia ter um filho seu mesmo. Isso já a fizera sofrer muito, mas já estava superado pelo desejo ardente de ser “a mãe de verdade” de uma criança adotada, que seria tão dela como se a houvesse gerado. Ela sonhava com esse filho, ela o queria com toda a força do seu coração.

Chegando ao Brasil, depois de todas as festas e almoços e jantares de todos os familiares e amigos, começaram a arrumar o apartamento novo para mudar. Robson começou a cuidar da granja, construindo, pintando, consertando, contratando pessoal e tudo o que preciso fosse. Tudo ia bem, nos conformes.

Nesta altura Nelson e eu já havíamos voltado também e telefonávamos para eles para saber das novidades.

Até que um dia, o susto: Suely, mãe da Jane, muito aflita, contou que o genro estava com o pescoço imobilizado, com suspeita de fratura e seqüelas... Robson, ao consertar um telhado muito alto (se bem me lembro, a escada não alcançava), teve que levantar muito o braço e uma barra de ferro escapou , ferindo sua cabeça. Parece que, ao tentar se desviar, ele caiu da escada de mau jeito... Havia muito sangue e ele estava desacordado...


Continua

4 Comments:

At 23/9/06 10:12 PM, Blogger Antônio said...

Esse suspense deixado ao fim de cada relato está me matando. E fico fazendo conjecturas: Será que Robson ficou paralítico para sempre? Será que Robsom, ao ferir o pescoço, processou o fabricante da escada e ficou milionário? Será que Robson se apaixonou pela enfermeira e se separou da Jane, tendo, em seguida, vários filhos de verdade? Ou será que que a Jane, ao ver que o Robson era muito ruim de telhados o abandonou e juntou com o Juca do Telhado? Fico pensando nessas possibilidades e não consigo nem dormir direito...

 
At 24/9/06 12:46 AM, Blogger marianicebarth said...

Estou fazendo mais ou menos como a Shehrazade, que contava histórias bem mirabolantes para o rei Chahr-yar, fazendo com que o anticlímax coincidisse com o nascer do dia, quando o rei tinha de ir despachar, assinar, mandar degolar, premiar, enfim, fazer o seu trabalho e a história tinha de continuar à noite. Então, ela terminava aquela e imediatamente começava outra, que seguia o mesmo ritmo... durante 1001 noites. E assim escapou da morte...

 
At 25/9/06 8:22 PM, Anonymous Anônimo said...

Como não sou satírica como o Shiost, em tudo que contou, gostei mais do fato da adoção: o resto considero menos importante.
Admiro muito quem tem a coragem de adotar uma criança, já que encaro isso, como uma responsabilidade muito grande.
Espero que o Robson tenha se recuperado do tombo, que deve ter servido como um alerta para o seu medo de perder coisas materiais.
Está com a bola toda, heim, mano; acaba de ser chamado de rei Char-yar. Ainda bem, cara nicebarth, que não escreveu isso para outra pessoa (segredo de família)...

 
At 26/9/06 9:43 PM, Anonymous Anônimo said...

E você tem dúvidas, timtim? São netos de verdade de uma filha verdadeira. Parabéns! Admiro, como já disse, quem realiza um ato tão belo!
Porisso admiro muito a vovózinha querida... a mamãe da nicebarth!

 

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