Estranho no Ninho
Ainda o Passarinho Esquisito
(e a saga do Pomar Verde Amarelo)
Dizia que governava um pomar enorme e rico
“Será que é um Tucano?” pensava o Maçarico...
Dizia que era o melhor, o passarinho sem dedo.
Dizia saber de cor, da peça todo o enredo...
Falava por quanta junta que não tinha o menor medo...
No meu reino, ele dizia, reduzi a fome a zero!
“Será o Pássaro Roca?” matutava o Quero-quero...
Contava papos de viagens, de carruagens, de rainhas...
“Será que é um Papagaio?” cochichavam as Andorinhas...
E o passarinho falava... sibilava redondinho,
Mas quando alguém mais sabido pergunta do mensalinho
O passarinho se agita, levanta o pé e o dedinho
Que lhe falta e faz a fita, finge chorar, até grita
Que de nada ele sabia! Não sabe de nada, neca!
Que os camaradas punia quando voavam de cueca!
Cueca?! pensa a Araponga, do quê ele está falando?!
2 Comments:
Você que escreveu este texto?
Se foi, parabéns. Está ótimo.
Na realidade porém, o passarinho nunca se intimidou, fingindo que não sabia de nada e conseguiu convencer as pessoas.
Aliás, parecia mais calmo que nunca!
Incrível! Sabe? Continuo acreditando cada vez mais naquela frase: "cada povo tem o governo que merece" e pelo jeito, também o marido... a esposa... o filho... o pai... a SOGRA!
Estamos nos lugares certos, com as situações e pessoas certas para aprendermos a virar "gente de verdade".
Fui eu, sim. Este texto , como muitos outros, foi saindo... saindo... e ficou assim. Mas a história continua. Leia amanhã.
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