quarta-feira, maio 16, 2007

Idiossincrasia



É a maneira de ser inerente a cada um, a "marca registrada" que vem com a gente e que quase todos temos. É aquilo que faz os outros dizerem: ninguém é perfeito. 
Cá para nós, adoro uma boa idiossincrasia!
Tenho algumas, mas a maior de todas é a mania de ter aos pares tudo que me é mais querido, ou que vai deixar de ser fabricado, ou que não existe mais e que tenho de comprar em lugares especiais.
Tenho dois filhos e duas filhas... Quatro netas... (Aliás, preciso contar das outras, que estão mocinhas).
Quando gosto de um sapato que calça bem e é confortável para o dia-a-dia, compro dois. Se for fenomenal, volto pra buscar mais dois (e deixo guardado...). Se amo de paixão um livro que me "divinizou" e se o leio muitas vezes ou o empresto para pessoas queridas, mas pouco cuidadosas e ele volta em triste estado, não tenho dúvidas: compro outro. Como o livro Xogum, de James Clavell, que precisei comprar duas vezes. A primeira pessoa nem leu e ainda o perdeu (!). Comprei outro, numa edição do Clube do Livro em dois volumes, encadernados em capa dura, lindos, e outra pessoa quis muito ler. Emprestei com todo carinho e ela também perdeu o segundo volume. Hoje fico olhando para a estante onde se encontra solitário o Volume I. É claro que isso não é suportável, pois é no segundo volume que tem a "Cerimonia do Chá", a coisa mais delicada e cheia de significados que existe. Então tive de comprar outro Xogum, mais dois volumes.
Quando me pedem para pintar um retrato, pinto dois e fico com um. Demoro para terminar, porque, na verdade, não quero ficar sem o quadro.
Tenho duas pinças, duas blusas e duas calças de cada cor, duas canetas na bolsa etc.. E por aí vai. Estranho...

8 Comments:

At 17/5/07 1:11 PM, Anonymous Anônimo said...

Quer dizer : o homem casado ter uma amante é uma forma de idiossincrasia parecida com a sua paixão pelos pares?

G. Turini

 
At 17/5/07 1:46 PM, Blogger marianicebarth said...

Meu Deus! Acho que não! (Risos, risos, risos...). Chamam isso de estepe. Mas quem é o estepe, não se sabe, se a amante ou a esposa. Quanto à minha idiossincrasia, sei a causa: medo de "ficar sem" as coisas amadas. Dos filhos, falei brincando, pois pessoas não nos pertencem, portanto não podemos perdê-las... Mesmo das coisas, possuí-las é uma ilusão: só compramos o direito de usá-las.

 
At 17/5/07 9:20 PM, Blogger Antônio said...

Me dê o endereço do seu outro Blog.

 
At 17/5/07 9:32 PM, Anonymous Anônimo said...

Há poucos dias vc disse que admira minha sensibilidade. Neste texto das idiossincrasias vc revela uma das virtudes que eu muito admiro: a transparência. Ao final do texto vc pergunta:"estranho?". Nestas suas revelações eu não vi nada de estranho. Feliz de quem pode se dar a estas idiossincrasias dos pares. Também admirei sua tranquilidade ao falar dos livros não devolvidos. É simples: vai lá e compra outro, sem grande sofrimento. Mas, que aborrece, isso aborece. Continuo admirando a facilidade com que vc desenvolve um texto agradável, sobre qualquer assunto.
Devo ter minhas idiossincrasias, mas no momento não soube citar nenhuma.

 
At 17/5/07 9:36 PM, Anonymous Anônimo said...

Não entendi esta do Shiost. Vc, Nice, tem outro blog?

 
At 17/5/07 11:28 PM, Blogger marianicebarth said...

Que outro blog? Estou tão atônita quanto o Timtim. Porque você não comenta neste mesmo? Se eu tiver outro blog... Ah!... Entendi! Você acha que tenho de ter dois blogs! Mas, blog é como marido... Só se tem um! Ou não?...

 
At 18/5/07 9:16 AM, Anonymous Anônimo said...

Ah! Ah! Pra seguir o bom humor do Shiost a gente tem que ser rápido no raciocínio! Tá certo. Gosto de ter amigos mais espertos que eu.

 
At 18/5/07 2:59 PM, Anonymous Anônimo said...

Não sei se é bom humor do meu caro irmão, mas penso ser muito mais um
raciocínio ultra rápido: pares em tudo ..... dois Blogs, certo?

 

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