ESPINHOS

Preciso exorcizar minhas tristezas

Expondo minha vida no papel

Reconhecendo todas as fraquezas

Forjadas da palavra mais cruel

Enquanto eu me negar a ver o fundo

Das águas do meu rio interior,

De lágrimas vertidas no meu mundo,

Segredos de abandono e de dor,

Serei somente o galho da roseira,

Cheio de espinhos, mas nenhuma flor...


Nice Barth, 07 07 07

O blog está me pregando peças. Não sei de onde tirei que hoje, sábado, é dia 8. Vendo o erro, tentei consertar só a data. E o que aconteceu? Excluí tudo, até os comentários da Primacaçula e do Timtim... A poesia foi recolocada, mas os comentários, foram para o espaço virtual. Perdidos! Que pena!

Eu sei que meus queridos e otimistas leitores não curtem nem um pouco coisas tristes. E isso é o que parece ser esta poesia, que é apenas uma constatação de algumas marcas muito antigas, deixadas pela vida. Não adianta fingir que não existem. Elas estão lá. E assombro-me com isso. Quando desaparecem por muito tempo, penso que estou livre delas. Porém essas marcas têm um valor imenso, devo-lhes muito! Foram elas que me despertaram a sensibilidade.

Não sou uma pessoa triste, nem amarga, nem azeda, nada disso. Quem me conhece sabe disso. Alegria e felicidade são minhas hóspedes habituais. Força para enfrentar o que já passou, tive o bastante. Coragem para o que vier, tenho uma reserva boa.

Esta poesia é simplesmente uma olhadela para o "meu rio interior", só para ver se está tudo em ordem por lá...