quarta-feira, agosto 29, 2007

Os cachorrinhos da Chris

Valdemar Duílio e Leeloo

Skinny (a Salsicha Impossível)

São os cachorrinhos adquiridos no outro casamento. Ano de 1999.
Skinny veio primeiro e por isso sempre foi (perante si mesma) a mais importante na hierarquia. Era exigente, carente de atenção e não suportava que a deixassem em nenhum momento. Gania e latia desesperada, quando ficava em minha casa, deixando-nos aturdidos. Era linda e maravilhosa, mas insuportável por causa disso... Na casa dela, pulava e pulava na gente e, quando nos sentávamos, subia no sofá e lambia-nos o rosto e se incautamente ríamos, seu focinho fino e comprido conseguia lamber até o nosso céu da boca (risos...). Gosto de cachorros, mas o céu da boca!... Faça-me o favor!...

Leeloo veio em seguida, doada. Chris não suporta nem pensar no sofrimento de um animalzinho. Apaixonou-se pela filhotinha albina, toda branca e rosa, arredia e desconfiada, rejeitada por todos por sua origem desconhecida> Era o produto absurdo de um cruzamento de Não Sei Que Raça com Sabe Deus o Quê. Você olhava para ela e ficava pensando, sobrancelhas franzidas na tentativa de descobrir. Parecia o resultado de cruzamento de uma Gremlim com o Yoda (Star Wars)... Chris, muito criativa lembrou-se de "O Quinto Elemento", aquele filme com Bruce Willis, onde aparece aquela estonteante figura feminina chamada Leeloo e pronto: a pobrezinha já tinha nome. Era irascível e defendia a Chris até a morte se preciso fosse. Ninguém ousava se aproximar da sua nova dona, se não quisesse arriscar ser mordido. Eu a adorava. Ficava comigo tão quietinha e comportada, que até hoje me dói o coração. (Infelizmente, fazia xixi por toda a casa e não houve como ficar com ela...)
Valdemar Duílio era um filhotinho de 1 mês jogado na rua, comendo lixo, quando foi visto por uma Chris em prantos, indignada pela capacidade humana de maltratar e jogar criaturinhas indefesas nas ruas de São Paulo. Estava esquelético e à morte. Adivinhem: ficou um lindo vira-lata, com os olhos mais doces do mundo. Não se importava a mínima de vir apenas em terceiro lugar na hierarquia canina da casa. Estava sempre "de bem com a vida" e amava todas as pessoas conhecidas ou estranhas. O símbolo vivo do Cachorro Amigo!

Infelizmente, quando a possibilidade de convivência no casamento acabou (ela e o Jacques são os melhores amigos até hoje e se gostam muito e nós também gostamos muito dele), os cachorrinhos tiveram outro destino: a boníssima Sílvia, empregada do ex-casal e que amava os cãezinhos. Fomos visitá-los algumas vezes e estavam todos muito bem instalados e amados. Jacques fornece ração e veterinário.
Mas nossos corações doem até hoje.



5 Comments:

At 29/8/07 8:26 PM, Blogger Antônio said...

Lindos bichinhos. Tive várias e tenho muitas saudades delas. Mas, agora que a última se foi, vejo como é bom não ter cachorro. Poder sair sem preocupação, deixar de sair correndo para comprar ração, levar ao veterinário e pagar, limpar suas sujeiras, lavar suas vasilhas, dar banho, passar remédios em suas alergias e machucados, apartar brigas, chorar quando morrem, etc. Cachorro, nunca mais! A menos, é lógico que eu ganhe na Megasena e contrate uma equipe para cuidar deles.

 
At 29/8/07 8:45 PM, Blogger marianicebarth said...

Pois é, também penso assim... Agora só temos o Bug do Milênio, com 7 anos e que até hoje desconhece que é um temível Rottweiller... Pensa que é um filhote de gatinho e até "ronrona" para quem se atreve a afagá-lo. E as pessoas, influenciadas pela mídia, morrem de medo. Não me acreditam quando digo que está ronronando e não rosnando... Mas acho que será o último.

 
At 29/8/07 9:47 PM, Anonymous Anônimo said...

Que maravilha, Nice! Até numa crônica sobre cachorros, vc se revela e revela sua família e revela seus sentimentos. O pastor alemão de meu filho chama-se Dida. Quem cuida dele sou eu (meu filho mora fora). Concordo com as reclamações do Shiost, mas já começo a sofrer com a velhice do Dida. (12 anos). Ainda me dá muitas alegrias.

 
At 31/8/07 10:47 PM, Anonymous Anônimo said...

Um segredo particular. Estou devendo esta a Deus. Amo mais os animais que as pessoas e não só os cães, mas quase todos, exceto alguns, por razões óbvias que não escreverei aqui.

 
At 31/8/07 10:57 PM, Anonymous Anônimo said...

Que "delícia" Nice, ler o que vc. escreve! Já tem uma fã de carteirinha.
E a noite de autógrafos???

 

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