Desisti de Envelhecer!

Acho que sou a única mulher no mundo que queria ter cabelos totalmente brancos...

Acho lindo!

Mas ninguém acredita que eu pensava assim. Vocês acreditam? Queria envelhecer rapidamente para ter a aparência de uma vovózinha, aquela aparência que conservamos em nossas mentes: uma velhinha sem sombra de vaidade, cabelos de neve, mais para gordinha, baixinha, com um colo amplo, acolhedor e macio para os netos deitarem, aquela velhinha com óculos no nariz, sempre na cozinha, preparando com eficiência deliciosas e inesquecíveis comidas, sempre com seu avental branquinho, ou então fazendo seu eterno tricô, ou bordado, mas sempre atenta aos netinhos, montes deles à sua volta...

Mas eu sou mais alta do que essa imagem, mais magra do que deveria e meu colo é menos amplo, meus cabelos teimam em não embranquecer (estou cultivando uns dez fios brancos bem na frente, entre a testa e a orelha), meu rosto tem poucas rugas e as que enfeitam meus olhos são todas de expressão, de tanto rir, sorrir, gargalhar e achar linda a vida e as pessoas, todas as pessoas com quem convivo.

Imaginem que eu já estava utilizando as filas e os estacionamentos para idosos...

Mas agora, não sei se foi o novo neto por que estou perdidamente apaixonada, as outras netas que me encantam e por quem sinto todas as coisas que a velhinha que eu estava querendo ser poderia sentir, ou, não consigo mesmo entender o que foi que detonou esta nova pessoa em mim.

De repente, desisti de querer envelhecer rapidamente! Desistir até mesmo de envelhecer. Uma amiga do clube me disse que eu estava me vestindo como uma matrona e que não ficava bem em mim aquele tipo de roupa, todas com mangas, golas, nada de decotes nem cores vivas, nada que me fizesse parecer diferente da minha imagem de vovózinha.

Talvez porque quando as netas mais velhas nasceram e começaram a crescer, me chamavam de tia... Eu as corrigia, tia não, vovó! E elas: Mas você não tem cara de vó, tem cara de tia!

Acho que fui ficando meio "traumatizada"...

E agora, de repente, como ia dizendo, há uma nova mulher, desde a leitura d'A Cabana", que acredita que tudo se realiza na mente. Todas as minhas dores (incuráveis para os médicos, que diziam que era "idade") sumiram. Agradeço todos os dias, muitas e muitas vezes por minha perna e meu quadril, livres, de volta. Obrigada, meu Deus! Meu Deus Amigo, Pai, Irmão.

Depois disso começou a transformação: fui para LA quase sem dores, mas o quadril habituado a se sentir "com problema", deu um mínimo de trabalho. Nada que o "Andrefilismo" não resolvesse inteiramente e voltei sem dor nenhuma e alguns quilinhos mais magra.

Para as festas de fim de ano, comprei novas roupas. Continuei na dieta que aprendi com Chris e Jay e perdi mais alguns quilinhos. E descobri que minha aparência melhorou. Resolvi tomar um pouco de sol, pintar as unhas de vermelho escuro (que ousadia!), usar roupas mais frescas do tipo regata, usar saia (esquecidas desde o século passado...) e comecei a gostar mais do reflexo no espelho... Vaidade? Talvez. Estou mais alegre, inscrevi-me nas aulas de yoga, pretendo entrar no Tai Chi Chuan e até fazer um pouco de musculação para recuperar o que puder...

E, por último, o segredo: outro livro.

Corpo sem Idade, Mente sem Fronteiras, do médico indiano, Dr. Deepak Chopra. Se vocês se interessarem, falarei disso na próxima postagem...