sexta-feira, dezembro 08, 2006

Zygmunt Bauman

Adoro este desenho, que é inédito.

Numa tarde quente e ensolarada, com aquela luz digna de Van Gogh, ao ver num jornal a foto de um velho senhor de cabelos branquinhos como Tio Patinhas, com linhas, sombras e traços tão interessantes, pensei que há anos não desenhava, assim na raça, na ponta do lápis mesmo e, antes mesmo de ler o artigo, procurei meu velho lápis tcheco 6B. E então, só para exercitar aquele talento enterrado e já esquecido, fui buscar um bloco ainda mais velho, do início dos anos 70, já amarelado, manchado pelo tempo e meio furadinho (se conseguirem aumentar o zoom, encontrarão alguns furos de traças...), mas cuja textura é inigualável e... Mãos à obra! "Como estará meu traço", pensei.
Sem dificuldade, brincando( este é o segredo), saiu a figura central. Só para avaliar o meu nível de ferrugem no desenho.
Aí pensei: "Mas... quem é esse velhinho bonito de olhar tão, mas tão sério e direto, que parece que nos perfura? Alguém pode perguntar e eu não saberei responder". E escrevi em cima o nome dele de qualquer jeito, só para me lembrar.
E em minha cabeça, a mesma pessoa hipotética pergunta: " "Mas... quem é Zygmunt Bauman?"
Por isso, resolvi condensar e escrever a biografia dele em volta da figura, só para me lembrar. Como tudo que faço é assim, no impulso, fui gostando cada vez mais do que lia e escrevia e acabou ficando maior do que planejara (isto é, não planejara nada...). Hoje é meu amigo Zyg... Mas, no final, gostei do jeito que está, a lápis mesmo, tudo à mão livre mesmo e meio torto, porque me agradam coisas meio tortas, mais do que as muito certinhas.

Papel manchado, furado, amarelado, para falar de Modernidade Líquida. Quem quiser saber mais, vai ter que ler em espiral.

7 Comments:

At 8/12/06 7:22 PM, Blogger marianicebarth said...

Zecão, não mude o nome do seu blog, que é fantástico! Não é preciso usar palavrões, nem escatologia para chamar a atenção, disso os programas de TV estão cheios... É só assistir A Praça é Nossa, quem gostar... E para que chamar a atenção? Chamar a atenção de quem? Eu, por exemplo, escrevo só para vocês, meus diletos amigos e primos. Não me preocupo a mínima se alguém mais vai ler ou não.

 
At 8/12/06 7:27 PM, Blogger marianicebarth said...

Timtim, para pesquisar a tal história das moedas de ouro do meu bisavô, preciso ter tempo de ir a Cerro Azul. Pretendo ir no ano que vem, depois que voltar de Sydney. Mas adianto que a história é boa. Meus tios contam-na o tempo todo e espero que seja verdadeira.

 
At 8/12/06 7:33 PM, Blogger marianicebarth said...

Esqueci de dizer da postagem de hoje que quem aceitar o desafio de ler em espiral, deve começar pelo lado esquerdo, subindo, virando à direita e descendo, virando à direita novamente e depois é tudo igual, espiral!
O começo é: Nascido na Posnânia em 1925 etc..

 
At 9/12/06 12:50 AM, Anonymous Anônimo said...

Posso ser sincera, minha prima? Que inveja ao saber que não possuo esse dom maravilhoso que Deus lhe deu! Preciso dizer mais alguma coisa? Nem me interessei pelo personagem!

 
At 9/12/06 4:38 AM, Blogger caos e ordem said...

Oi Nice, bela arte no Zygmunt, parabéns.
Estamos em SP, neste sábado vou tentar uma comunicação telefônica.
Voltei e estou em www.comedezembro.blogspot.com

 
At 9/12/06 12:45 PM, Blogger marianicebarth said...

Primacaçula voltou! De onde? Senti sua falta!

 
At 9/12/06 4:53 PM, Anonymous Anônimo said...

Eu voltei de um tempão sem entrar na Internet e de Salvador, de um congresso do Gil.
Beijos saudosos!

 

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