Ernesthine
Não parece uma ave? A capital, Dresden, fica pertinho do bico...
É bom dar uma olhadinha na História daquela época para entendermos um pouco melhor como as coisas se passaram e por que.
Houve em 1848 aquela revolução na França, que destronou Luís Felipe, o rei burguês. Como um dominó, isso levou a sublevações em toda a Europa contra as monarquias absolutistas. Na Itália e na Alemanha o objetivo era também levar à unificação dos respectivos países. A Alemanha desde 1815 estava dividida em 35 estados e os revolucionários queriam a unificação.
Em março desse mesmo ano foi fundado o partido político Vaterlandsverein, para lutar pelo estabelecimento da democracia.
O agitador anarquista russo Mikhail Bakunin se refugiou em Dresden fazendo estreita amizade com Richard Wagner, que era fortemente esquerdista e odiava a pomposidade e perversidade da corte de Dresden, capital de Sachsen (Saxônia). Nas reuniões desse partido eles discutiam revolução, republicanismo, socialismo, comunismo e anarquismo.
Bakunin uniu-se ao outros líderes dessa revolta, Otto Leonhardt Heubner e August Röckel e todos juntaram-se à Guarda Comunal Revolucionária.
Na Áustria os movimentos liberais e nacionalistas ganharam força e o Imperador Francisco I foi obrigado a fugir e meses depois, abdicou em favor de seu sobrinho Francisco José (marido da Sissi).
A 3 de maio de 1849 o rei da Saxônia recusou as exigências dos democratas e ordenou que a Guarda Comunal se dissolvesse. Os membros do Vaterlandsverein decidiram oferecer resistência armada e o exército foi enviado a Dresden para esmagar a revolta. Panfletos foram impressos apressadamente e distribuídos, barricadas foram erguidas e granadas foram compradas. Os rebeldes tiveram apenas dois dias para preparar a defesa. Coitados, eram em número insuficiente e o exército prussiano os triturou... O rei condenou à morte os líderes (que já haviam fugido do país), pena que mais tarde foi comutada em prisão perpétua.
Nós podemos imaginar as discussões nas ruas de Dresden, as lutas, o inferno em que a cidade se transformou, a insegurança que se insinuou nos corações e a esperança de viver melhor num Brasil pintado em belíssimas ilustrações de mansões em meio a jardins luxuriantes de plantas e flores tropicais. E a oferta de D. Pedro II de terras espaçosas à disposição de alemães (e outros) que quisessem colonizar esse paraíso.
Fica assim mais fácil para nós, entender os motivos da imigração.
É bom dar uma olhadinha na História daquela época para entendermos um pouco melhor como as coisas se passaram e por que.
Houve em 1848 aquela revolução na França, que destronou Luís Felipe, o rei burguês. Como um dominó, isso levou a sublevações em toda a Europa contra as monarquias absolutistas. Na Itália e na Alemanha o objetivo era também levar à unificação dos respectivos países. A Alemanha desde 1815 estava dividida em 35 estados e os revolucionários queriam a unificação.
Em março desse mesmo ano foi fundado o partido político Vaterlandsverein, para lutar pelo estabelecimento da democracia.
O agitador anarquista russo Mikhail Bakunin se refugiou em Dresden fazendo estreita amizade com Richard Wagner, que era fortemente esquerdista e odiava a pomposidade e perversidade da corte de Dresden, capital de Sachsen (Saxônia). Nas reuniões desse partido eles discutiam revolução, republicanismo, socialismo, comunismo e anarquismo.
Bakunin uniu-se ao outros líderes dessa revolta, Otto Leonhardt Heubner e August Röckel e todos juntaram-se à Guarda Comunal Revolucionária.
Na Áustria os movimentos liberais e nacionalistas ganharam força e o Imperador Francisco I foi obrigado a fugir e meses depois, abdicou em favor de seu sobrinho Francisco José (marido da Sissi).
A 3 de maio de 1849 o rei da Saxônia recusou as exigências dos democratas e ordenou que a Guarda Comunal se dissolvesse. Os membros do Vaterlandsverein decidiram oferecer resistência armada e o exército foi enviado a Dresden para esmagar a revolta. Panfletos foram impressos apressadamente e distribuídos, barricadas foram erguidas e granadas foram compradas. Os rebeldes tiveram apenas dois dias para preparar a defesa. Coitados, eram em número insuficiente e o exército prussiano os triturou... O rei condenou à morte os líderes (que já haviam fugido do país), pena que mais tarde foi comutada em prisão perpétua.
Nós podemos imaginar as discussões nas ruas de Dresden, as lutas, o inferno em que a cidade se transformou, a insegurança que se insinuou nos corações e a esperança de viver melhor num Brasil pintado em belíssimas ilustrações de mansões em meio a jardins luxuriantes de plantas e flores tropicais. E a oferta de D. Pedro II de terras espaçosas à disposição de alemães (e outros) que quisessem colonizar esse paraíso.
Fica assim mais fácil para nós, entender os motivos da imigração.
14 Comments:
Que mal lhe pergunte, Dona Nice, a sra. é professora de História, de Geografia, ou de que ? O que interessa é que no final, animadinhos com a propaganda, os Ostenbarth vieram dar com os costados nestas terras prometidas... e aqui está a sra. encantando a todos com o seu blog.
Não acha que já está na hora, ou no mes de apresentar novas fotos da princesa australiana?
Não recebi fotos novas dela, Timtim, mas tenho uma notícia em primeira mão: a princesinha já começou a dar os primeiros passinhos, aos 9 meses e meio... A Ale agora está filmando a filha e os filmes ainda não me mandou, acho que são pesados para o blog.
Sou professora de Artes, Timtim, mas me encanta estudar história e geografia, porque não tive bons professores dessas matérias e assim preencho as lacunas (muitas).
É isso mesmo, a ilustre blegueira além de contar histórias tão bem, curte blegar com história e geografia.
Agora vamos aguardar para saber de que modo a Ernesthine, blegando com um cara 40 anos mais velho veio a se tornar antepassada da prima Nice.
Caos, Franz não era 40 anos mais velho. Ele tinha 41 quando se casou com Ernesthine, que tinha 15.
41-15= 26 anos.
É uma diferença e tanto, não é mesmo?
Foi a prima que escreveu, veja a transcrição:
Se ao chegar ao Brasil em julho de 1852, seu filho mais velho tinha 7 anos, provavelmente casou-se em 1844. Teria então apenas 15 anos! E Franz Gustav era um viúvo 41 anos mais velho. Penso que se tratava daqueles casamentos arranjados. Também ainda nada sei sobre seu nome de solteira.
Também adoro História, mas faz tempo que não me dedico a ela! É interessante sabermos de tantas coisas!
Não foi Hitler que se utilizou da música de Wagner no Nazismo??? Tenho horror a essa palavra e o que ela representa ... mesmo sabendo que judeu tb. não é um santo!
Posso sugerir voce intercalar os anais históricos com a estória da Ernesthine .... assim tipo filme de reminiscências?
Vou me juntar ao coro : você tem o estofo de escritor, dá vida a seus personagens! (Diferentemente de alguns nobéis por aí!)
Eu reforçaria - se eu soubesse - o contraste de sua fragilidade física e seus poucos anos, com sua força e sua determinação de assumir seu destino.
NiceBarth disse...
Caos, peço mil perdões! Você estava certíssimo, eu havia "comido" uma parte da frase,mas já corrigi:
" um viúvo de 41 anos, portanto 26 anos mais velho".
11/11/07 9:18 AM
Polemikos, é isso mesmo que estou pretendendo fazer: intercalar "minha" visão de Ernesthine, de Franz e de seus filhos com História da época. Mas isso vai ser o livro mesmo.
Pergunto a vocês, mais versados no assunto de blogs: se eu publicar aqui, não poderei editar o livro?
A Primacaçula disse lá atrás, na postagem anterior que eu sou modesta e faço de conta que não percebo os elogios, é isso?
Vou confessar uma coisa a vocês: eu tenho muita dificuldade para lidar com elogios. Não fui educada para recebê-los e nunca me sinto merecedora. Não é fácil para mim dizer um simples e refinado "Obrigada..." Teria de fazer uma terapia para arrancar essa espécie de negação aos elogios...
Este negócio de blog é muito novo, quem é que sabe?
À primeira vista imagino que nada te impede, vc é autora do blog, qual é o problema de publicar os textos em um livro?
Como seu marido é um causídico, que tal trocar idéias com ele, pois mesmo sendo uma questão da direitos autorais, tudo é direito.
Quequiéisso?! Nosso cantinho de blogueiros e comentaristas está cada vez mais rico, culto, variado! É sala de analista, é encontro de "historiadores", é sarau, para rapapés e declamações. Que venha o livro, seja em mini capítulos, no blog, ou, corajosamente, num best-seller.
Existem duas formas de receber um elogio: uma perigosa que nos faz achar que somos os "donos da cocada preta". Outra forma é o encararmos como um estímulo para continuarmos dando o melhor de nós! Este é o objetivo do nosso elogio! Incentivá-la a prosseguir acreditando nas suas qualidades, que todos possuímos de modos variados!
Aprenda a aceitá-lo de uma forma normal e tranquila!
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