domingo, janeiro 06, 2013

NICE SUBIU NO TELHADO...

Pois é, meus amigos, companheiros comentaristas e leitores fiéis... 
Estou no telhado... 

Tudo começou em Setembro/2012, com um cansaço cada vez mais extremo e debilitante que me fazia voltar para a cama e dormir como uma pedra, ou nem conseguir sair dela em alguns dias. Não conseguia pensar direito, principalmente ao acordar pela manhã. "Antes de tomar meu café não consigo acordar", dizia com um sorrisinho constrangido a quem estivesse por perto. 

Uma culpa arraigada desde a infância vivia a me perseguir por ser tão mole e preguiçosa e muitos epítetos do tipo me azucrinavam os momentos em que me conservava acordada.  
"Acho que vou dar uma deitadinha"... era a frase que me escapava nos dias piores. 
Nesta altura a diarista Leonídia ainda estava trabalhando duas vezes por semana, o que me ajudava bastante. Mas ficou doente e teve de parar. Sozinha novamente e tendo de fazer pelo menos o mínimo, o cansaço foi aumentando.

Ao sair para compras de supermercado encontrava-me de repente tão cansada que dava voltas em torno das gôndolas sem me lembrar do que teria ido comprar, a cabeça nas nuvens. "Deve ser a glicose, não tenho tomado muito cuidado. Ai, meu Deus, estou tão cansada, tão cansada..."

Em seguida, lá pelo meio de Novembro, comecei a sentir uma repentina e absurda falta de ar; e as tentativas de respirar mais fundo terminavam em acessos de tosse. À noite e pela manhã ouvia um chiado. Gripe, resfriado ou alergia? Pouco mais de duas semanas durou essa estranha gripe/alérgica. Os pés começaram a inchar como duas bolas, cada vez mais, não cedendo nem com diuréticos, nem com elevação. 
Mais de quarenta dias sem nenhuma empregada, a casa estava ficando bastante empoeirada, meio abandonada, o que me deixava muito angustiada. 
Daí para a irritação de não conseguir ânimo para fazer a mais simples das obrigações domésticas e carregando a tal culpa por isso, foi um instante. A todo momento suspirava e escapava-me a frase  Ai... ai... tão cansada, tão cansada... E ainda aquele sono mortal que me prostrava no meio da tarde e me deprimia.

Reclamei para minha amiga Sônia, vizinha da frente, pedindo ajuda para arrumar uma empregada. Ela sugeriu que eu perguntasse a todas as vendedoras e caixas de supermercado, padarias, quitanda etc. se alguém conhecia alguma pessoa que quisesse trabalhar como diarista. Foi o que fiz e consegui alguns telefones. Mas elas vinham, trabalhavam uma, duas vezes; depois alegavam doenças e sumiam. Outras marcavam e não apareciam. 
Mas os pés incomodavam muito, tanto quanto as dores nas costas. 

No dia 28 de Novembro minha amiga Dulcinéa enviou-me a Conceição para trabalhar três vezes por semana, cozinhando, lavando e passando, o que foi uma mão na roda, permitindo que eu pudesse descansar um pouco. 

O cansaço chegou ao ponto crítico em 11 de Dezembro, quando, ao me encontrar sem forças para coisa alguma, pedi ao Nelson que me levasse a um médico. Porém já não havia nenhum do convênio da CAASP, todos em congressos ou em férias de fim de ano. 

O Nelson teve então a idéia de me levar ao Departamento Médico do nosso clube para consultar a Dra. Márcia, moça simpática e compassiva, pedindo que nos orientasse para o que deveríamos fazer, para onde nos dirigir. Eu mal andava e a rampa suave que tive de subir tirou-me o fôlego completamente. Essa jovem doutora cuidadosamente me examinou pés e pernas inchados, auscultou, ouviu um chiado no pulmão direito, fez as perguntas pertinentes; respondi a todas, relatei  tudo o que contei aqui e ela ficou assustada. Recomendou um Pronto Socorro imediatamente, redigiu um relatório com meus sintomas e suas dúvidas: "Insuficiência cardíaca? Insuficiência renal?" 

No pronto Socorro, depois de algumas horas de espera, a dra. Silvana me atendeu e me enviou para a Radiologia para um RX do Tórax que, depois de pronto, o radiologista ao examinar a imagem, observou:
"A senhora está com um problema no pulmão esquerdo." 
Mas a dra. Márcia disse que é no direito - estranhei.  
"Também. Mas a senhora volta agora ao consultório da Dra. Silvana porque a imagem irá diretamente para o computador dela. Ela irá lhe explicar. " - disse ele. 


Uma ou duas horas depois o sistema tinha caído, a imagem ainda não tinha chegado lá e a médica pediu que voltássemos no dia seguinte... 

5 Comments:

At 6/1/13 8:44 PM, Blogger marianicebarth said...

Este é o começo da minha saga, que ainda não terminou. vou contando a vocês devagar. Tudo bem?

 
At 7/1/13 9:01 AM, Blogger caos e ordem said...

Oi Nice, nossa, nossa Nice esteve assim, logo vamos falar com vc.
Viva, viva, saúde, abração, feliz 2013.

 
At 7/1/13 9:40 AM, Anonymous timtim said...

Quequiéisso? Nossa Nice! Assim como vc demorou p/ procurar médico, tbm demorou p´/se se comunicar com os seus "fiéis"... leitores. Está formada a corrente positiva. Zeca e eu, de mãos dadas invocando todas as forças do Universo. Aguardamos os capítulos seguintes, mas estamos na maior torcida - não é a do Corintia - mas é poderosa. Abraços e beijos.
P.S. Recebi a notícia aqui na casa do Zeca. Fica firme aí... segura na cumieira, não escorrega não, porque neste ano a gente se encontra. Mais abraços e beijos

 
At 10/1/13 8:38 PM, Anonymous primacaçula said...

MINHA PRIMA/TIA... EM MAIÚSCULO...
PORQUE COM MÉDICOS NA FAMÍLIA, QUANDO PERCEBEU A FALTA DE AR E OS PÉS INCHADOS NÃO GRITOU.... SOCORRO???
Não é hora de levar bronca, mas de nos unirmos para poder beneficiá-la da forma que podemos e acreditamos.

 
At 13/1/13 1:44 PM, Blogger marianicebarth said...

Eu não sabia que pés inchados era sintoma de coisa grave. A santa ignorância pensava que era uma bobagem qualquer, calor, consequência de inatividade por horas no computador, ou coisas do tipo.

A falta de ar também não me parecia grave... Sou daquele tipo de pessoa que não liga muito para seus achaques... Idade... Rsrs

 

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