Aventuras de Robson

Capítulo VII

...No dia seguinte, nem acreditando que estava nas lendárias ilhas paradisíacas do Havaí, todo contente, pensou em alugar uma moto para conhecer mais e melhor toda aquela maravilha.

E nas palavras dele mesmo:

“Aluguei uma Yamaha e fui passear em volta da ilha, fotografando tudo, vendo tudo. Achei interessantes demais também as fazendas de criação de camarão. Aí, pensei: Estou na terra do surf, vou surfar! Que eu nunca tivesse surfado na minha vida, não me deteve. Vou surfar, ué, aqui tem que surfar! E todo animado, aluguei uma prancha de surf por duas horas e o cara perguntou:

—Sabe surfar?Se não souber, não alugo.

— Sei.

— Porque as ondas são perigosas e os recifes são rasos...

Aí o cara me orientou onde era menos perigoso. Amarrei a prancha na canela e lá fui eu surfar... Mas que! Tentei umas cinco vezes subir na prancha e já viu se eu conseguia... As ondas não eram altas...

Eu e os outros lá, esperando a grandona!

De repente, veio. Todo mundo se aprumando na prancha. Olhei pra trás, nossa! Parede enorme de água. Quando fui tentar subir na prancha, pra que! Levei um capote, perdi a prancha, afundei, não dava pra saber onde era em cima, onde era em baixo, deu pânico, mas controlei. Lembrei que tinha uma cordinha, achei, puxei, recuperei a prancha, agarrei nela e consegui ir pra cima, flutuei e saí daquele mar louco. Devolvi a prancha, Ufa!! Chega de surfar!!!”

Nesse instante eu, em profundo horror, não consegui deixar de comentar:

— Robson, pelo amor de Deus! Você não tinha noção do perigo que ia enfrentar? Vocês em Minas não têm mar! Aqui já é perigoso, mas no Havaí??? Agora você precisa parar de testar seu anjo!...

Cá entre nós, acho que o Arcanjo de Grau 9 deve ter chamado outros para ajudar a tirá-lo vivo daquela água...