Robson e Jane
Capítulo IX
Já preocupado, pensando em uma possível queda do outro, resolve decolar e faz um vôo esquadrinhando a mata, procurando o parapent. Numa das voltas vê algo estranho lá em baixo, e manobra para passar outra vez pelo local. O que ele mais ou menos adivinha entre as árvores é uma das rodas de um carro capotado, quase completamente escondido entre as folhagens. Ele ainda tenta se aproximar, mas o local é de difícil acesso e ele decide voltar para o alto da serra, onde encontra o amigo. Robson então comenta o que viu e o amigo diz que há a notícia do desaparecimento, há dez dias, de uma garota de dezoito anos, num carro. Robson e o amigo chamam algumas pessoas e descem mais de
Robson fica arrasado. Jane e ele fazendo de tudo para serem pais e uma mãe perde a filha de 18 anos dessa maneira trágica! Além de tudo, seu coração está pesado por ter sido ele a encontrá-la. A mãe da garota, porém afirma que ele foi um anjo e que seu parapent eram as asas. E ele, o homem forte, que sempre oferece o próprio ombro para quem precise, chora no ombro dessa mulher.
Fomos almoçar na casa de meus pais e uma amiga deles que estava lá convidou-nos para ir nessa tarde a uma casa espírita de caridade (é como um hospital), onde há sessões de cura e tratamentos espirituais. No estado
De repente ele se dirige a Robinho, em pé a meu lado e diz que ele está muito atormentado, mas que deve ficar tranqüilo agora, pois já cumpriu sua missão de encontrar a garota, que precisava muito ser encontrada. Agora vocês só devem orar por ela.
Nesse momento, ele nos convida a participar da mesa, que acontece quando termina o atendimento. Decidimos aceitar.
Na hora da mesa somos orientados a ficar de olhos fechados e em oração e que não precisamos ter medo. Estou muito calma.
Senta-se a meu lado uma moça que não conheço, apagam-se as luzes e alguns médiuns começam a encorporar espíritos. A moça ao meu lado faz sinal de que quer papel e caneta e começa a escrever. Num determinado momento, puxa meu braço e coloca várias folhas de papel sob minha mão. Sem saber o que fazer, aguardo o final da sessão para perguntar o que devo fazer com os papéis. Ao serem acesas as luzes, olho para a primeira folha, vejo a palavra Mãe e começo a chorar. Mal posso ler os restante, de tanta emoção. É uma carta, que guardarei para sempre e diz:
2 Comments:
Na verdade, minha intenção era escrever apenas algo light e engraçado como o caso da sociedade com o mendigo... Mas acabei falando pelo telefone com os dois para pedir autorização de colocar os nomes etc e eles contaram os fatos da queda na granja, depois da onda no Havaí e, finalmente, a adoção e o drama da Jane. Não deu para ser light...
Que lindo! Estou habituada com essas coisas de Deus (estão bem presentes no meu dia a dia) e mesmo assim me emociono e agradeço sempre.
Acertei... então, "sem querer", quando disse que a reencarnação explica tudo, no comentário do blog acima.
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