terça-feira, março 27, 2007

O Sorriso de Rebecca


Viajando em imaginação

Estou quase terminando de ler O Historiador, de Elizabeth Kostova.
Encontrei esse livro na casa de minha sogra, D. Zélia, depois que voltei da Austrália. O título me atraiu, na capa cor de ouro velho. Gosto muito de História ou de uma história bem contada. Abri o livro e li a dedicatória: a letra é minha!
Foi um presente do qual nem me lembrava (alzheimer?). Pedi a ela emprestado (fazemos sempre isso, ela e eu) e começou minha viagem...
Na contracapa, está escrito:
Certa noite bem tarde, ao explorar a biblioteca do pai, uma jovem encontra um livro antigo e um maço de cartas amareladas. As cartas estão todas endereçadas a "Meu caro e desventurado sucessor", e a fazem mergulhar em um mundo com o qual ela nunca sonhou - um labirinto onde os segredos do passado de seu pai e o misterioso destino de sua mãe convergem para um mal inconcebível escondido nas profundezas da história.
Elizabeth Kostova ganhou o prêmio Hopwood da Universidade de Michigan, onde fez seu mestrado, de melhor romance em andamento: O Historiador, que consumiu dez anos de pesquisa da autora, está sendo publicado em 28 países.
O romance se passa em 1.962 no Leste Europeu, completamente desconhecido para mim até então. Era o tempo da Guerra Fria e da Cortina de Ferro...
Nada sabia até agora sobre a Turquia, com sua esplendorosa Istambul, a antiga Constantinopla, onde ganhei mais um sonho: visitar a Hagia Sophia. Nada conhecia da Hungria e sua lindíssima Budapeste. Era totalmente ignorante sobre a Romênia e sua estranha e bonita Bucareste e com sua Valáquia e sua Transilvânia. A Bulgária era um enigma com sua Capital Sófia. E agora, graças a esse livro interessante, muito bem escrito e tão bem traduzido, tenho mais do que uma idéia sobre esses lugares. A autora descreve as montanhas com seus perfumes, seus mistérios, de uma forma que parece que estamos lá. Vemos o fio prateado do rio ondulando lá em baixo, temos quase um medinho da altura das montanhas e seus penhascos verde-escuros. Ouvimos pedras rolarem lá para o fundo da ravina à nossa passagem. E aquela beleza arrebatadora das paisagens e os mistérios que se desenrolam prendem a gente "dentro" do livro.

domingo, março 18, 2007

SONETO 88


Sete anos de pastor Jacó servia
Labão, pai de Raquel, serrana bela;
Mas não servia ao pai, servia a ela,
Que ela só, por prêmio pretendia.
Os dias, na esperança de um só dia,
Passava contentando-se com vê-la;
Porém o pai, usando de cautela,
Em lugar de Raquel lhe deu a Lia.
Vendo o triste pastor que com enganos
Lhe fôra assim negada a sua pastora,
Como se a não tivera merecida,
Começa de servir outros sete anos,
Dizendo: - Mais servira, se não fôra
Para tão longo amor, tão curta a vida!


Sempre julguei maravilhoso este soneto. E é mesmo.

Porém, Camões pintou com lindas cores um quadro de amor verdadeiro, ignorando a verdadeira história bíblica:

1) de mentiras e favoritismo por parte da mãe de Jacó (Rebeca) em relação ao filho Jacó;

2) de favoritismo do pai de Jacó, (Isaac, aquele cujo pai Abraão quase havia imolado e por isso foi recompensado por Deus);

3) a troca do direito de primogenitura por um prato de comida, em detrimento do irmão gêmeo Esaú (o peludo);

4) a obtenção fraudulenta da bênçao do pai, novamente prejudicando o coitado do Esaú;

5) briga e ódio de morte entre os dois irmãos, Esaú e Jacó;

6) a fuga para a casa do tio Labão e suas duas filhas, Lia, a feia e Raquel, a mais nova e mais bonita.

7) a paixão por Raquel. Os sete anos de serviço de pastor, para poder se casar com a prima;

8) engodo de Labão lhe dando a Lia que, no escuro da festa de casamento Jacó recebeu e com ela "ficou";

9) Reclamando no dia seguinte, recebeu também Raquel, contanto que trabalhasse mais sete anos... e acabou ficando com as duas...

E por aí vai a Bíblia...

sábado, março 10, 2007

NYPD


New York Police Department, essa é outra maluquicezinha da Chris. Pode?

segunda-feira, março 05, 2007

Rebecca e a boneca


Rebecca recebeu esta bonecca de Nova York, enviada pela Tia Chris. Gostou da amiguinha multicolorida e já sorri para ela.


Outra novidade: quando a Mamãe fala com a Vovó pelo Skype, ela olha direto para a câmera!


É vivíssima e super-esperta. Já emite sons do tipo fala. Os pais estão encantados. Papai fala com ela dizendo: "You are beautiful !"


Enfim, é uma preciosa jóia de verdade!
Rebecca querida, como a amamos!

E por falar em Árvores Maravilhosas...



Esta era a Paineira da esquina da nossa rua. Não sei quando foi plantada. Esta foto foi tirada em maio de 1980, com os quatro filhos, Rodrigo, Flávio Rubens, Alessandra e Christina.
Infelizmente, sob ataque cerrado de pragas e brocas, teve de ser cortada. Doeu na alma de todas os moradores antigos do bairro.
Dela ficou a lembrança mais linda e esta foto.

O QUE RESTOU


Beleza mutilada
da Caesalpinia ferrea (Pau ferro)

O tronco e seus quatro galhos













E o nosso lindo Flamboyant, outro da família das caesalpiniáceas (Poinciana regia), tristemente aguarda a sua vez...
Nos seus 30 anos de vida enfeitando nossa rua com sua imagem imponente e sua floração escarlate, é um amigo querido e faz parte de nossa vida, assim como o outro que caiu.


Depois de muitas vezes tratado com venenos para todo tipo de broca e cupim, teremos de pedir à Prefeitura que o examine novamente, para evitar outra queda.