Aventuras de Robson
Capítulo V
Não, ele não caiu de uma escada, mas sim de uma altura de mais de seis metros!
A granja, que fica a uns trinta ou quarenta minutos de Sete Lagoas, estava sendo reformada. Em um dos galpões, de
Nesse dia, Robson estava fazendo uma vistoria lá em cima, na “tesoura” e levava na mão um pé-de-cabra para ajeitar os cabos de aço. De repente, ouviu um estrondo e pensou que tudo ia desabar. Virou-se para investigar o motivo do barulho, quando, às suas costas, um dos cabos de aço rompeu-se com violência e, como um chicote, atingiu-o na cabeça. Ele tonteou, desequilibrou-se e tentou se segurar, percebendo ainda que seus braços estavam sem forças. Porém, com esse movimento desesperado, sua cabeça ficou presa na tesoura e seu corpo ficou pendurado, fraturando a sétima vértebra cervical. Então ele caiu, de costas no chão. Perdeu os sentidos por alguns segundos, mas levantou-se rápido, muito assustado. Funcionários e ajudantes da obra correram para socorrê-lo e só puderam ver o corte, que sangrava muito.
O encarregado da obra colocou-o na caminhonete e levou-o para o hospital de Sete Lagoas. No caminho. Robson se mantinha acordado, mas não conseguia se lembrar do telefone de casa, o que deixou o rapaz preocupado. No hospital, foram feitas radiografias da cabeça e aparentemente estava tudo bem. Levou 10 pontos no corte e retornou para casa. A roupa toda ensangüentada e o corte recém costurado assustaram Jane. Robson, porém tranqüilizou-a, que estava bem, mas não pode deixar de queixar-se de dor muito forte no alto das costas, “mas deve ser da queda...”.
Entretanto as dores na base do pescoço e ainda um formigamento nas costas só aumentavam e, contra a vontade dele, Jane procurou um médico, que pediu tomografia computadorizada, aparecendo então a fratura na sétima vértebra. O médico disse que ele tivera muita sorte, por ter sido transportado sem maiores cuidados e que poderia ter ficado tetraplégico. Colocaram uma coleira por 45 dias, que não podia ser retirada nem para dormir, por isso ele dormia sentado. Também não podia dirigir e não deveria nem mesmo se mexer.
Robson, parado? Sem se mexer? Dormindo sentado? Adivinhem se ele ficou os 45 dias! Ahn, ahn! Só 30! Mas, segundo a Jane, graças a Deus, foram suficientes. Ele voltou a trabalhar a todo vapor assim que se livrou da horrível coleira e, em março de 2005...
Continua...