sexta-feira, janeiro 25, 2013

Desci do Telhado



Estou passando muito bem há 6 dias. 

Não quero me precipitar, mas acho que desci do telhado... 

quinta-feira, janeiro 17, 2013

Andrezinho fez 3 anos!

E o André! Pode "alguemzinho" ser tão lindo? Os outros avós que me perdoem, mas acho difícil...
Acho que estou provocando uma enxurrada de protestos, principalmente da primacaçula... Rsrsrs 


 e charmoso...


A Chris que me perdoe não ter publicado o aniversário do André no dia 5 de Novembro de 2012. Mas agora todos sabemos que eu já estava subindo no telhado e não sabia... 

Antes tarde do que nunca, diz o ditado.

Rebecca faz 6 anos!


Vejam que linda!


Rebecca 6 anos 

Há fotos mais recentes, mas esta é uma das minhas prediletas.

terça-feira, janeiro 08, 2013

O que seria?

Mais curiosa do que apreensiva, conhecer o mistério daquele RX cuja imagem me fugia tornou-se quase uma obsessão. Mas sem um pedido médico era impossível.

E eu continuava muito cansada, com a falta de ar e os pés e tornozelos inchados e pesados, doendo. Não podia nem ficar  sentada que já começavam a inflar, a pele parecia a ponto de se partir. Muito desagradável.
Na sexta-feira, quarto dia, 14/12, o Nelson teve uma consulta de rotina com seu médico, falou a ele que estava preocupado comigo e obteve um pedido de RX, que foi agendado no Laboratório Delboni só para o Domingo, dia 16 (sexto dia). Porém o resultado só sairia na terça seguinte (dia 19, nono dia sem saber o que estava rolando) depois das 17 horas. Descansei quase o tempo todo no fim de semana, dormindo o tempo todo que estava em casa.
Começou a pintar uma angustiazinha de leve lá no fundo do coração. Que coisa mais esquisita! O que será? Ainda baseada em frustração e curiosidade, não podia imaginar o que estaria se passando neste pulmão que sempre considerei saudável. 

No Domingo dei uma ligada para a Dra. Cláudia, minha linda ginecologista e priminha em nem sei que grau, sobrinha da primacaçula Maria Cecília, contei a ela tudo que vocês já sabem e ela marcou uma consulta para o dia seguinte (sétimo dia). O santo Nelson me levou. Ela pediu Tomografia de Tórax, Ultrassonografia de Abdômen Total e Pélvico, Eletrocardiograma, Eco e Teste Ergométrico, Densitometria Óssea.

E eu do mesmo jeito, um dia melhor, outro pior, cansada etc.. Todos pedem exames e ninguém medica... Medicina moderna. E o Natal chegando, tudo parando. 

Para abreviar o "suspensório", só no dia 19 (nono dia) saiu o resultado, inconclusivo, do RX do Delboni

"consolidação heterogênea no terço médio / inferior do pulmão esquerdo podendo estar relacionado a processo inflamatório, porém considerar dados laboratoriais e clínicos." 

Não entendi nada. Mas levamos no começo da tarde os resultados do sangue e o laudo e a imagem do RX para o Dr. Eurico do CPP, que recomendou com urgência um pneumologista. Desta vez era meu filho Flávio o acompanhante. Fomos direto para o PS das Clínicas para falar com a Dra Silvana e saber o que ela diria. Nem peguei ficha, nem esperei nada, fui entrando no consultório, mas a doutora já entrara em férias. Outra médica, Dra Fabiana, um doce, ouviu toda essa história e, com apenas meu nome e RG acessou a "tal imagem" misteriosa e fugidia. Olhou, olhou, bastante tempo e chamou a outra médica do consultório ao lado, perguntando " O que você acha desta imagem?", confabularam em voz baixa e em siglas, até que não me contendo mais, perguntei: "Doutoras, dá para traduzirem o que estão falando? Estou esperando desde o dia 11 para saber o que eu tenho." 

Elas se entreolharam, a outra voltou para sua sala e a Dra Fabiana virou para mim a tela do computador e, mostrando uma mancha oblonga num certo ponto, disse: "Desta imagem podemos tirar três hipóteses: ou você teve um infarto, ou uma trombose pulmonar ou uma embolia." Suspirou e acrescentou: "E você está sem atendimento nem medicação há mais de uma semana! Você não vai sair daqui. Irá para o PS agora, para ser atendida com urgência. Vou pessoalmente encaminhar sua ficha." 

Dez minutos depois uma enfermeira me acompanhou até o PS (o inferno de Dante) para novos exames necessários. Lá fora o Flávio esperava e ligou para saber o que estava acontecendo. Expliquei e pedi a ele que avisasse o pai, que veio depressa. Eram 16 horas.   

Espera, espera, espera, aquelas coisas, tudo igual...
Fui atendida em algumas horas, novamente examinada, novos exames de sangue foram pedidos, mais espera (coitado do Nelson!), tivemos notícia de que os resultados sairiam lá pelas 4 da madrugada. Fomos para casa tomar um banho e dormir umas duas horas e às 4 saímos de volta para o HC. 
São Paulo noturna, quieta, silenciosa, deserta, diferente. Todos os semáforos abertos em cumplicidade. 

Mais um pouco de espera até encontrarem minha ficha e finalmente a notícia: 

 "Fizemos um exame de sangue chamado D dímero, cujo resultado, se passar de 500, identifica uma trombose. Deu 750. A senhora tem trombose pulmonar. O risco é muito grave de haver mais trombos chegando ao pulmão. Vamos encaminhá-la ao Ambulatório para tomografia. Poderíamos fazer uma aqui, mas precisamos do acompanhamento que só pode ser feito lá. Aqui é só para identificar o problema. A senhora deveria ter sido internada no dia 11 para tomar medicação endovenosa! Como não foi, teve sorte, mas agora o problema ficou crônico". 

Fomos para mais uma sessão de espera de horas no Ambulatório. Outro médico me atendeu, examinou e depois de mais espera participou que não poderia fazer a tomografia necessária porque a cota do HC já havia vencido para 2012. Marcou retorno para fim de Janeiro, mais exames que deverão estar prontos nesse dia. 

Conclusão: se a gente não morre da doença, morre de cansaço das horas gastas para descobrir o que estará nos matando... Ainda não chegou minha hora, mas continuo no telhado. 
Acabei fazendo a Tomografia particularmente, o que foi "ótimo" (?!), porque descobriu-se que não tive UMA trombose, mas "múltiplas embolias segmentares das artérias pulmonares" e, outra pancada: "Como achado adicional, destaca-se imagem nodulariforme no segmento VII / VIII hepático medindo 35 mm. Sugere-se complementação propedêutica com estudo específico." 

Que tal? Continuo no telhado...

segunda-feira, janeiro 07, 2013

Uma coisa estranha

2º dia :  Quarta-feira 12/12/2012


Mesmo sem conhecer o resultado do RX, que não chegara ao computador da médica Silvana, ainda não me preocupara tanto. "Problema" - disse o radiologista. Mas que tipo de problema poderia ser? Meu pulmão de não fumante, virgem!? Nem pensar!

Como na véspera, eu, (contra a vontade do Nelson que queria me levar a um hospital particular) teimara de ir ao Pronto Atendimento do Hospital das Clínicas,  onde ficamos por 6 horas entre espera e atendimento, pega senha, calorão, espera, espera, espera, triagem, calorão, espera, espera, espera, atendimento, calorão, encaminhamento para a Radiologia dentro do PS Geral, calorão, calorão, calorão, espera, espera, espera, RX do tórax, calorão, voltando para o consultório da médica, espera, espera, espera, atendida... e ainda por cima ter saído de lá como entrei, na mesma, sem o resultado, o Nelson, irritado, disse que "não voltaríamos mais lá (que aquilo era a antecâmara do inferno e que lá dentro do PS propriamente dito, certamente o próprio inferno - CALORÃO e tudo) e pronto! Assunto encerrado!" 

Inferno de Dante

Para não contrariá-lo aceitei consultar um segundo médico, coisa difícil na época antes das Festas de fim de ano. 

A cabeça da gente fica meio confusa, sem saber o que está errado em nosso corpo ou o que pensar, a quem consultar, qual especialidade médica cabível procurar, onde encontrar um médico competente no mês de Dezembro, que nos oriente e nos encaminhe direitinho. 

Tive a ideia de utilizar meu convênio de professora - o Centro do Professorado Paulista e lá fomos nós, recebidos gentilmente pelo Dr. Eurico, clínico, que me examinou, pediu exames de sangue, recomendando que voltasse com os resultados. 
Saindo  desse consultório ainda pedi ao Nelson que passasse pelo HC para que eu pudesse falar com a Dra. Silvana, ver a imagem do RX e ficar sabendo o que estava lá. Nelson negou-se: "Lá você não volta mais!" 

Não discuti, cansadíssima, mas cá comigo resolvi que iria, ou sozinha, ou com meu filho Flávio, no dia seguinte. Está para existir alguma coisa que me proíbam, ou que seja muito difícil, que não me instigue e me incite a lutar...

3º dia :  Quinta-feira 13/12/2012

E foi o que fizemos, Flávio e eu, No dia 13, quinta-feira, depois da coleta de sangue no laboratório. Chegamos lá no horário, mas para minha decepção, a Dra. Silvana já não estava - "Volte na terça ou na quarta da semana que vem, que são os dias em que ela trabalha aqui." - disse uma outra médica. 

Desolados, voltamos para casa. Que coisa estranha! O que haveria naquele RX que me estava sendo negado saber? 


domingo, janeiro 06, 2013

NICE SUBIU NO TELHADO...

Pois é, meus amigos, companheiros comentaristas e leitores fiéis... 
Estou no telhado... 

Tudo começou em Setembro/2012, com um cansaço cada vez mais extremo e debilitante que me fazia voltar para a cama e dormir como uma pedra, ou nem conseguir sair dela em alguns dias. Não conseguia pensar direito, principalmente ao acordar pela manhã. "Antes de tomar meu café não consigo acordar", dizia com um sorrisinho constrangido a quem estivesse por perto. 

Uma culpa arraigada desde a infância vivia a me perseguir por ser tão mole e preguiçosa e muitos epítetos do tipo me azucrinavam os momentos em que me conservava acordada.  
"Acho que vou dar uma deitadinha"... era a frase que me escapava nos dias piores. 
Nesta altura a diarista Leonídia ainda estava trabalhando duas vezes por semana, o que me ajudava bastante. Mas ficou doente e teve de parar. Sozinha novamente e tendo de fazer pelo menos o mínimo, o cansaço foi aumentando.

Ao sair para compras de supermercado encontrava-me de repente tão cansada que dava voltas em torno das gôndolas sem me lembrar do que teria ido comprar, a cabeça nas nuvens. "Deve ser a glicose, não tenho tomado muito cuidado. Ai, meu Deus, estou tão cansada, tão cansada..."

Em seguida, lá pelo meio de Novembro, comecei a sentir uma repentina e absurda falta de ar; e as tentativas de respirar mais fundo terminavam em acessos de tosse. À noite e pela manhã ouvia um chiado. Gripe, resfriado ou alergia? Pouco mais de duas semanas durou essa estranha gripe/alérgica. Os pés começaram a inchar como duas bolas, cada vez mais, não cedendo nem com diuréticos, nem com elevação. 
Mais de quarenta dias sem nenhuma empregada, a casa estava ficando bastante empoeirada, meio abandonada, o que me deixava muito angustiada. 
Daí para a irritação de não conseguir ânimo para fazer a mais simples das obrigações domésticas e carregando a tal culpa por isso, foi um instante. A todo momento suspirava e escapava-me a frase  Ai... ai... tão cansada, tão cansada... E ainda aquele sono mortal que me prostrava no meio da tarde e me deprimia.

Reclamei para minha amiga Sônia, vizinha da frente, pedindo ajuda para arrumar uma empregada. Ela sugeriu que eu perguntasse a todas as vendedoras e caixas de supermercado, padarias, quitanda etc. se alguém conhecia alguma pessoa que quisesse trabalhar como diarista. Foi o que fiz e consegui alguns telefones. Mas elas vinham, trabalhavam uma, duas vezes; depois alegavam doenças e sumiam. Outras marcavam e não apareciam. 
Mas os pés incomodavam muito, tanto quanto as dores nas costas. 

No dia 28 de Novembro minha amiga Dulcinéa enviou-me a Conceição para trabalhar três vezes por semana, cozinhando, lavando e passando, o que foi uma mão na roda, permitindo que eu pudesse descansar um pouco. 

O cansaço chegou ao ponto crítico em 11 de Dezembro, quando, ao me encontrar sem forças para coisa alguma, pedi ao Nelson que me levasse a um médico. Porém já não havia nenhum do convênio da CAASP, todos em congressos ou em férias de fim de ano. 

O Nelson teve então a idéia de me levar ao Departamento Médico do nosso clube para consultar a Dra. Márcia, moça simpática e compassiva, pedindo que nos orientasse para o que deveríamos fazer, para onde nos dirigir. Eu mal andava e a rampa suave que tive de subir tirou-me o fôlego completamente. Essa jovem doutora cuidadosamente me examinou pés e pernas inchados, auscultou, ouviu um chiado no pulmão direito, fez as perguntas pertinentes; respondi a todas, relatei  tudo o que contei aqui e ela ficou assustada. Recomendou um Pronto Socorro imediatamente, redigiu um relatório com meus sintomas e suas dúvidas: "Insuficiência cardíaca? Insuficiência renal?" 

No pronto Socorro, depois de algumas horas de espera, a dra. Silvana me atendeu e me enviou para a Radiologia para um RX do Tórax que, depois de pronto, o radiologista ao examinar a imagem, observou:
"A senhora está com um problema no pulmão esquerdo." 
Mas a dra. Márcia disse que é no direito - estranhei.  
"Também. Mas a senhora volta agora ao consultório da Dra. Silvana porque a imagem irá diretamente para o computador dela. Ela irá lhe explicar. " - disse ele. 


Uma ou duas horas depois o sistema tinha caído, a imagem ainda não tinha chegado lá e a médica pediu que voltássemos no dia seguinte...