sábado, novembro 25, 2006

Fim de tarde





Hoje fui ao Paineiras devolver um livro.
Estava com a câmera e na saída resolvi tirar algumas fotos, assim de repente, como quase tudo que faço na vida. Sou impulsiva e meio irresponsável. Não quero nem saber (nesta altura do campeonato) do que DEVO ou PRECISO fazer. Abomino essas palavras. Já fiz muito na minha longa vida, não desprovida de coisas boas. Mas, agora, que sou livre para fazer mais o que gosto do que o que devo, a vida minha está MUITO melhor. Já fui professora (e das boas) sem querer, já fui vendedora (e muito boa, era capaz de vender geladeira para esquimó). Mas, voltando às fotos, sairam bem legais algumas. Do tipo destas acima. E como tudo que faço é exagerado, voltei para casa fotografando as ruas e as copas das árvores e o céu por trás delas e, num desvario, os postes e os fios, que em Sampa são demais para o gosto de qualquer um.
Então, vejam o quanto São Paulo oferece. Você escolhe olhar para onde quiser. Pode escolher o lindo... ou o feio...
É assim a vida. Olhamos para onde queremos. Somos felizes ou infelizes. É sempre nossa a escolha.
Também percebam a minha velha mania de colocar datas nas fotos, para saber daqui a cem anos quando foi tirada. E justo essas é que resolvi publicar...
Tentei tirar no carimbo. Algumas consegui, outras não. Mas as que consegui, foi no Photo Editor.

quinta-feira, novembro 23, 2006

La Violetera gostava de gatos



E ainda gosta. ainda mais do que de cachorros, talvez por serem mais limpos. O que está no colo foi um gatinho branco e bonito que me fazia companhia nos programas solitários de leituras, aos 12 anos.

Mas a da esquerda foi uma das mais importantes figuras felinas na minha vida adulta. Chamava-se Tijuca, porque o nome verdadeiro (Cherry Brandy) não pegou. Foi adquirida para me fazer companhia na difícil gravidez do Rodrigo (pretexto para tê-la, pois o Nelson não gostava de gatos). Tive de ficar em repouso absoluto até o oitavo mês e a Tijuca veio nos alegrar a vida e deixou para sempre a marca de sua vibrante personalidade. Nesta foto ela estava com apenas 45 dias e já era um filhote fora de série. Até o Nelson se apaixonou. Ela era hiperativa, o que num gato é virtude, pois é sabido que os gatos são preguiçosos por natureza. Mas a Tijuca não era de modo algum inconveniente, nem perturbadora da ordem. Mas isso os gatos não são, exceto quando apaixonados. Ela também passou por isso. Apresentamos a ela no tempo certo, um siamês maravilhoso chamado Dudu. Ele era tão lindo que era mesmo "um gato" (!!!) e seus olhos de safira aprisionaram a alma de Tijuca e ela se derreteu em lancinantes miados e trejeitos dos mais sexy que já vimos. Descobrimos então por que chamam as moças de "gatas"... Dessa paixão, nasceram dois siameses puros, mas infelizmente, não vingaram.

Tijuca deixou este mundo pela vontade poderosa da pastora alemã do caseiro da nossa chácara. Tinha somente dois anos e, muito asseada, numa noite de verão intenso, ao procurar fora de casa por um cantinho de terra, pulou uma janela aberta enquanto dormíamos. Ouvimos um único e agoniado grito, que nos fez voar para fora desesperados. Mas... em vão. Pendurada da boca da cachorra que, acostumada a pegar gatos, pássaros e o que quer que caísse do nosso lado do muro, ao ver nosso horror, baixou as orelhas e depositou-a gentilmente sobre a grama. Ainda tivemos esperança e nos ajoelhamos para cuidar da gatinha. Nada havia a ser feito. Cães sabem como matar gatos rapidamente.

Foi a primeira vez que vi o Nelson desmoronar e chorar inconsolavelmente.

quarta-feira, novembro 22, 2006

Violetas






Violetas são flores da mais gentil delicadeza e de uma beleza singela e sem artifícios. 

São pequenas e só se apresentam em grupos.

 Nascem por baixo de suas próprias folhas, encolhidinhas em suas hastes finas e frágeis. 

Só quando já estão quase desabrochadas é que começam a se aventurar por cima das folhas. 

E quase nunca vêm sós. Parece que uma está sempre a esperar pela outra para ter a coragem de abrir totalmente suas pétalas. 

Mas, assim que uma endireita sua haste, as outras recebem o chamado e atendem prontamente. 

E então, é aquela maravilha! 


Uma explosão de cores, sustentadas por fortes folhas em vários tons de verde. Essas que vocês podem ver são de minha sogra, que cuida delas pessoalmente.




domingo, novembro 19, 2006

As cores da Austrália



Praia de Mona Vale, onde mora a Alessandra. O apartamento dela fica a duas quadras, numa rua linda.


Clique para aumentar as figuras, que a praia e o Pavão merecem. As fotos são da Alê.

sexta-feira, novembro 17, 2006

O Rottweiller que venceu


Gostaram do meu cachorrinho?
Ele nasceu à meia noite do dia 31 de dezembro de 1999 / 2000. Por isso demos-lhe o nome de Bug do Milênio.
Houve apenas mais um outro filhote, que nasceu depois e a mãe não tirou da bolsa, nem fez o que devia fazer e o coitadinho não sobreviveu.
O Bug mesmo era tão minúsculo que parecia um camundongo e a veterinária disse que nunca tinha visto um Rottweiller tão pequeno e vaticinou que ele não sobreviveria. Decidi contrariá-la e resolvi que ele seria um belo cão, só um pouco pequeno, talvez... Levava-o numa pequena caixa quadrada de 15x15cm, forrada com uma fralda Johnson para que ele não rolasse de um lado para outro. A mãe pisou nele e quase arrancou um dedinho e eu precisava levá-lo todos os dias à veterinária para tomar antibiótico e fazer curativo. Ela dizia que o dedinho não ia curar e que teria de amputar. Decidi que não amputaria o dedinho e continuei a levar para ela aplicar o antibiótico e resolvi que ele ficaria com o dedinho em ordem.
E assim foi.
E ele, que pesou 100 gramas no 3º dia, cada dia ganhava peso e crescia a olhos vistos. Infelizmente, não tirei foto no dia em que ele nasceu, mas lembro-me que era do tamanho exato da palma da minha mão. Já no 5º dia, pesava o triplo e hoje pesa quase 40 quilos. Fará 7 anos no Reveillon e é lindo de morrer. Forte como um touro, elétrico e cheio de vida. Chamo-o de Meu Doce, Meu Bebê, Lindinho e ele é o mais doce dos Rottweillers. Até ronrona, de tão manso.
A propósito, ele não é nada pequeno, o dedo nem sei qual é de tão perfeito e mudei de veterinária...

domingo, novembro 12, 2006

PORTAS E JANELAS

sábado, novembro 11, 2006

"Portas e Janelas"


Levei quase três meses para conseguir pintar o meu primeiro quadro abstrato. Sofri, sofri e sofri. Era a primeira coisa em que pensava antes mesmo de me levantar e era a última que me avassalava antes de dormir. Tentei o primeiro com tinta acrílica, que não conheço bem. Não gostei. Não consegui a cor certa, o tom certo. Fiquei decepcionada comigo mesma. Duvidei de minha capacidade.

O quadro me foi encomendado para o saguão de um prédio de apartamentos. Mede 1,20m por 0,80m.
Aquela parede vazia me atormentava. Nada de idéias. Então resolvi ler dois livros do Richard Bach: Ilusões e Em Busca de Inspiração. Amei ambos, mas o segundo me deu a pista: eu estava sofrendo. E ele diz: Divirta-se. Todas as outras coisas gostosas que eu queria fazer e que me divertiam (inclusive escrever no blog) causavam-me uma imensa culpa e isso era tudo o que eu conseguia: pensar na tela branca e na parede vazia. E ele diz: Não pense. Eu estava super preocupada com o prazo, há muito ultrapassado, e ele diz: Não se preocupe.

Então abandonei o primeiro e tentei o segundo quadro: voltei para a tinta a óleo, velha amiga e companheira e consegui de alguma forma pintar a base, que eu chamo "cobrir a tela". E detestei.

Divirta-se. Não pense. Não se preocupe. Mas como, meu Deus? Por onde? Via um campo coberto de folhas secas, camadas delas, escondendo o caminho, dia após dia. Sabia que o caminho estava por baixo delas, mas não o encontrava. E pensava que, além do caminho estar oculto, ainda havia uma porta fechada. E o tempo passando! E a parede vazia. E a primeira camada do quadro errada! Algumas vezes a palavra desista passava pela minha mente mais do que cansada. Reagia com todas as minhas forças. Desistir? Nunca!!!

Já não dormia, procurando a idéia. Um amigo pintor tentou tirar da minha cabeça a pintura abstrata, dizendo que qualquer um pinta assim. Absolutamente, não é verdade! Sofri isso na carne . Mas persisti, continuei procurando o caminho e a chave da porta.

Pedi uma luz e uma força ao Infinito. Mais alguns dias e minha vida virou de cabeça para baixo. Nada acontecia. Marasmo. Silêncio. Já não conseguia fazer nem as outras coisas. Faltei a quatro aulas do Wizard, porque não conseguia estudar. E o tempo passando... E a parede vazia.

Então resolvi descartar a segunda tela. Mas antes, já que não prestava mesmo, peguei um pincel e comecei a brincar.

E o quadro surgiu. E chama-se "Portas e Janelas".
Vocês que me lêem, podem não gostar dele. Dou-lhes esse direito. Eu mesma só fui começar a entender a arte moderna há bem pouco tempo. Mas quanto mais conheço, mais gosto. E esse quadro é o mais importante que pintei até agora e gosto dele. É apenas o primeiro.

Flagrada!

É claro que algumas não precisam de fantasia, mas voar de vassoura é o máximo! E foi um pequeno passeio tão inocente! Nem fui muito longe de casa... Só até Salem...

Era essa imagem que eu queria ter publicado no 31 de outubro e não consegui! É que estava em PDF.

terça-feira, novembro 07, 2006

Cangurus descansam e Koala dorme






O Koala é lindo! O Kangaroo também.


As fotos dos "kangaroos", inclusive o da postagem anterior e do Koala, foram tiradas por nós, num pequeno zoo perto de Wolongong, balneário onde moram Karen, Derek e seu filhinho Briant, na época (10 de setembro de 2001), com 5 anos.
Wolongong fica a mais ou menos uma hora e pouco ao sul de Sydney. Lá reuniu-se a pequena família de Jimmy, constituída por Jim, o pai inglês de 80 anos, extremamente simpático e caloroso, que nos abraçou fortemente ( sempre pensei que os ingleses todos fossem muito fechados e contidos. Este não é), a irmã mais velha, a louríssima Karen e sua família, o irmão do meio, Gary, solteiro, Alê, Jimmy e nós dois, Nelson e eu. A mãe do Jimmy faleceu quando ele tinha apenas 12 anos. O pai vive em sua fazenda, onde ela está enterrada e, jamais, sequer pensou casar-se novamente. A Alê diz que o amor que um sentia pelo outro era imenso e que o Jimmy é dessa mesma linha, que o pai não se afasta da fazenda para cultuar a mulher amada até hoje.
Ficamos surpresos com o carinho e sentimento que esse homem demonstra. Nada a ver com a imagem de fato dos ingleses. Talvez por morar na Austrália desde que vieram da Inglaterra, ele e a esposa, apenas recém casados. Ou ele é assim mesmo, segundo Alê e Jimmy.
Derek, marido da Karen, fala um pouco de português. Deu para manter um papo comigo que não falo bem o inglês. A casa deles tem um jardim com centenas de espécies de flores. Era quase primavera e estava maravilhosamente colorido. Derek nos ciceroneou pelo jardim mostrando cada flor, raras ou não.
Imaginem que no dia seguinte foi o horrível 11 de Setembro e vimos todo aquele horror de lá, com a viagem de volta marcada para o dia 20 de setembro. Tentamos adiar a viagem, tentamos mudar de companhia aérea (United Airlines), mas não conseguimos. Os vôos estavam suspensos e teríamos de perder as passagens e comprar outras. Mas ficaria muito caro. Não tínhamos mais dinheiro para isso e decidimos que a sorte estava lançada. Mas, no dia da viagem, o Nelson confundiu a hora do vôo, (13 horas com 15 horas) e perdemos o vôo. A sorte foi que, por causa das desistências (ninguém queria mais viajar, nem nós!), conseguimos tomar um avião da Qantas, quase vazio (de 250 passageiros, só vieram 25, contando nós dois). Todos vieram deitados nas 5 poltronas do meio, menos eu! Como a Austrália até hoje pertence à Inglaterra e esta foi a primeira a unir-se aos Estados Unidos, pensei que essa seria nossa última viagem... Não consegui dormir nem um minuto, ainda mais que voltaríamos por Los Angeles, para ficar 4 dias lá! Mas no fim, deu tudo certo. Encontramos os Estados Unidos sob um manto cinza de tristeza e perplexidade, todas as bandeiras a meio-pau. Até hoje tudo isso mexe comigo.

sábado, novembro 04, 2006

O Dia das Bruxas

Que pena! Tentei postar algumas fotos do Dia das Bruxas, mas por qualquer motivo, não consegui. Então vai hoje mesmo. 

Esta é uma roupa de meus filhos e seus amigos, que gostam de fazer festas à fantasia.


Aqui já houve Darth Vader, com aquela espada de luz e tudo, o Charada, Vampiros, Mortícias, Bruxas, Bombeiras (isso mesmo, as meninas), e muitos outros que já não me lembro.

São bastante divertidos meus quatro filhos e os amigos deles mais ainda. Todos tocam algum instrumento, participaram de bandas (o Flávio Rubens ainda participa). Dessas festas ficaram as fantasias.

Dois outubros em New York já me familiarizaram com os "Doces ou travessuras?" e, este ano, aqui em São Paulo, tivemos isso aqui no bairro. 
Era uma alegria tão grande da criançada pedindo doces, que não resisti e vesti a roupa de bruxa e fui levar doces lá na frente. Foi muito engraçado. Dei uma volta no quarteirão à noite vestida assim e fiz o maior sucesso... As crianças se encantaram.

quarta-feira, novembro 01, 2006

Eleições

"O que está fazendo um canguru aqui no nosso Pomar?" disse o Pato.
"Não sei, respondeu o Galo, mas ele está tão desanimado..."